A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, lançou uma chamada pública no valor total de R$ 2 milhões, não reembolsáveis, com o objetivo de dar apoio financeiro a unidades produtivas de biodiesel associadas ao extrativismo ou à produção agrícola familiar.
Os projetos deverão envolver universidades e instituições de pesquisa, obrigatoriamente em parceria com governos estaduais e municipais, além de empresas brasileiras, organizações não-governamentais, associações de pequenos produtores ou cooperativas agrícolas. Do total dos recursos, 50% deverão ser aplicados nas regiões Norte e Nordeste.
Segundo Laércio de Sequeira, chefe do Departamento de Planejamento e Avaliação de Resultados da Finep, “há um lado muito positivo nesses projetos, pois se constrói uma cadeia. Começa-se a incentivar o pequeno proprietário para a produção, e esses agricultores familiares levam isso para uma cooperativa, que vai montar a unidade de biodiesel. Tudo com a supervisão científica de uma universidade e com o apoio do estado e do município”.
Efeito multiplicador
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Além da difusão da tecnologia, os projetos apresentados no âmbito desta chamada pública deverão servir de modelo para outras iniciativas de produção do biodiesel em agricultura familiar, além de divulgar as tecnologias e servir como unidades de treinamento para outras iniciativas em âmbito regional.
Os projetos também terão que indicar metodologias e precauções para a instalação de outras unidades produtivas e permitir a capacitação da mão-de-obra local, principalmente nos aspectos de operação e manutenção da unidade. Por fim, eles devem garantir a sustentabilidade econômica da cadeia produtiva onde a unidade estiver inserida.
A criação deste ciclo de produção e utilização do biodiesel é enfatizada por Laércio. Para ele, o fato de o projeto ser plantado nas propriedades, gerando renda para os agricultores, e ser consumido em forma de energia, localmente, é o grande atrativo da iniciativa. “Quando outras unidades vêem as vantagens, se interessam em implantar, o que tem um efeito multiplicador”, completa Laércio.
