Na contramão das demais indústrias brasileiras, a Fertibom, situada em Catanduva (SP), só produz biodiesel a partir do álcool de cana-de-açúçar, descartando o metanol, combustível fóssil. “O nosso biodiesel é 100% renovável”, diz Heitor Mariano Gobbi Barbosa, coordenador de projeto da empresa, que hoje utiliza o sebo bovino como matéria-prima principal, mas também se diz preparada para usar o óleo de pinhão manso, de soja, girassol, algodão, amendoim, entre outros.
Segundo Barbosa, o uso do álcool etílico na linha de produção do biodiesel só é possível graças à localização da fábrica – situada em um dos principais pólos sucroalcooleiros do País -, o que reduz o preço da matéria-prima. “Além disso, a Fertibom tem como sócia uma usina de álcool da região, a Cerradinho”, afirma o coordenador de projeto da empresa, que, além do biocombustível, produz fertilizantes líquidos, fornecidos para os agricultores da região.
A fábrica de biodiesel da companhia de Catanduva tem capacidade para produzir 12 milhões de litros por ano. “Nossa intenção é ampliar a unidade para 50 milhões de litros e começar a exportar”, diz Barbosa. De acordo com ele, o fato da empresa ser uma das poucas no Brasil a produzir o biodiesel totalmente renovável facilitará o acesso ao mercado externo. “Nosso objetivo é atender o mercado externo a partir de 2008”, ressalta.
Hoje, a Fertibom entrega toda a sua produção para a Petrobras. “Fechamos, em leilão, a venda de 6 milhões de litros para a Petrobras, para entrega até dezembro de 2007”, afirma.