A indústria sucroalcooleira vai moer 558,72 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2008/09, um crescimento de 11,4% em relação ao ciclo anterior, quando foram esmagadas 501,54 milhões de toneladas. A estimativa foi divulgada hoje (4) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), na Fenasucro&Agrocana, que acontece até sexta-feira, em Sertãozinho, SP.
De acordo com o presidente da Conab, Wagner Rossi, esta será a maior safra da história. “Esse crescimento é registrado, principalmente, pela ampliação do plantio por cerca de 35 novas usinas e pelo aumento da produtividade obtido com as boas condições climáticas”, afirma.
A área cultivada passou de 7,08 milhões para 8,98 milhões de hectares. A expansão se deu basicamente em áreas degradadas. “Dos 276 milhões de hectares de terras cultiváveis no país, 72% são ocupados por pastagens naturais cultivadas, 15,5% por grãos e apenas 3,2% por cana-de-açúcar. O restante está com culturas perenes, como frutas e café”, disse Rossi.
A produção de etanol deverá alcançar 27,08 bilhões de litros, a partir da moagem de 317,82 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O álcool hidratado, usado nos carros flexfuel, ficará com 63,76% da fatia. Já a fabricação de açúcar vai consumir 240,89 milhões de toneladas de cana, um aumento de 4,48% em relação à safra 2007/08, para produção de 32,78 milhões de toneladas.
A região Centro-Sul vai processar 487,38 milhões de toneladas de cana, o equivalente a 87,23% do total. O Estado de São Paulo continua com a maior fatia, com previsão de 325,61 milhões de toneladas moídas na atual safra, o equivalente a 58,28% do total do País. O Paraná aparece em segundo lugar com a estimativa de 47,01 milhões de toneladas (8,41%).
O Norte/Nordeste será responsável pela moagem de 71,33 milhões de toneladas para a indústria sucroalcooleira, na safra que começou em agosto e vaiu até março. Alagoas, quarto maior produtor de açúcar e álcool do País, deverá esmagar 30,19 milhões de toneladas.