Mais de 80% de todos os espaços disponíveis para estandes já foram comercializados. As boas safras deste ano do oeste baiano, onde a produção de soja teve incremento de 18,4%, atingindo 2,3 milhões de toneladas, e a de algodão cresceu 28%, chegando a 402,8 mil toneladas, sinalizam bons negócios para a terceira Agrishow Luís Eduardo Magalhães, que será realizada de 22 a 26 de maio.
A pouco mais de duas semanas da feira, as vendas de estandes superam 80% dos espaços disponíveis, comprovando a adesão da indústria de máquinas e do comércio em geral.
Depois da pausa do ano passado, quando não foi realizada na região devido à crise do setor agrícola, a feira promete voltar com força total.
A expectativa nesta edição é que as novidades tecnológicas em máquinas, equipamentos e insumos agrícolas movimentem negócios da ordem de R$ 300 milhões.
O resultado ainda não deve superar o da primeira Agri-show Luís Eduardo Magalhães em 2004, que foi de R$ 380 milhões, mas avança com relação à de 2005, que faturou R$ 220 milhões.
Para o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Humberto Santa Cruz, o evento deste ano marca a retomada do setor agrícola. “A feira de Ribeirão de Preto já nos deu um parâmetro positivo”, diz.
Na avaliação de Santa Cruz, que também preside a organização da Agrishow, nos últimos seis meses houve uma reversão positiva no setor agrícola nacional.
Apesar do câmbio ainda ser desfavorável, ele explica que a valorização do preço da soja, algodão, café e milho tem compensado a defasagem cambial. “Além disso, ainda não houve complicações climáticas este ano”, destaca.
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Na opinião do gerente-geral do Sistema Agrishow, Hiroyuki Sato, encorajado pela recuperação dos preços mundiais, o produtor aproveitará a oportunidade para renovar a frota e investir em tecnologia. “Ainda não podemos arriscar números, mas acredito que o resultado positivo da feira de Ribeiro Preto, que aconteceu na semana passada, deverá se re-petir na Bahia”, afirma Sato.Este ano as inovações na Agrishow ficam por conta do lançamento da pedra fundamental do Centro de Pesquisa e Difusão de Tecnologia Agrícola (CPTA), da entrada da pecuária, com leilões de gado, e de maior ênfase na agricultura familiar. O CPTA será construído na área do parque de exposições da Agrishow e vai dispor do estado-da-arte na geração de informações para o incremento da produtividade.
Os recursos para a implantação do empreendimento serão provenientes da iniciativa privada, com aporte financeiro do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro), da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), da Fundação Bahia e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
O governo do estado vai aproveitar a feira para promover a bioenergia. No estande de 290 metros quadrados que reservou no evento, pretende reproduzir uma usina de álcool, onde serão apresentadas as ações que estão sendo desenvolvidas pela Secretaria de Agricultura na região.
De acordo com o secretário Geraldo Simões, o governo baiano vai lançar nos próximos dias um projeto de bioenergia que prevê a plantação de 300 mil hectares de cana no oeste baiano. Um dos objetivos da gestão de Simões é tornar a Bahia auto-suficiente em álcool. O estado compra fora 83% do que consome.
A Agrishow segue à risca o modelo de feira dinâmica que caracteriza a marca, com área para a demonstração de máquinas agrícolas como tratores e colheitadeiras. Além de uma vitrine do que há de mais atual em tecnologia no mercado, a feira também é uma grande oportunidade para o produtor se atualizar, com palestras e clínicas sobre os principais temas que envolvem o setor.
Os efeitos da realização da Agrishow em Luís Eduardo Magalhães vão além dos limites do campo. Nas edições anteriores, mais de 20 mil pessoas passaram pela feira, vindas de diversas regiões do Brasil, sobretudo do Centro-Oeste. Milhares de postos de trabalho temporários foram gerados e o índice de ocupação da rede hoteleira das cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães chegou à totalidade.
kicker: Depois da pausa do ano passado, quando não foi realizada na região devido à crise do setor agrícola, a feira volta com força
kicker2: O governo do estado vai aproveitar a feira para promover a bioenergia num estande de 290 metros quadrados
