Mercado

Faturamento do setor sucroalcooleiro chega a R$ 1,9 bi

Alagoas fechou a safra de cana-de-açúcar 2002/2003, com resultados acima das expectativas. O faturamento do setor no Estado foi de aproximadamente R$ 1,9 bilhão ou cerca de R$ 400 milhões a mais do que a safra anterior. O crescimento nominal foi de 27%.

O balanço da safra, fechado durante a semana, foi divulgado pelo vice-presidente do Sindaçúcar–AL (Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas), Pedro Robério.

A pequena queda na safra agrícola não comprometeu a produção industrial, nem o resultado financeiro. A seca, que chegou a ser um motivo de estresse no setor durante a moagem, terminou ajudando um pouco: a cana chegou com mais açúcar nas indústrias e a produtividade final foi maior.

Na safra 2002/03 a produção de cana total foi de 23,397 milhões de toneladas, cerca de 1,4% menor que a anterior, com 23,8 milhões de toneladas.

Em contrapartida, a produção de açúcar registrou crescimento acentuado. De acordo com o boletim final de análise da safra, divulgado pelo Sindaçúcar-AL, a produção foi de 36,7 milhões de sacos de 50 kg ou 11,59 milhões de sacos a mais do a safra anterior (25,18 milhões de sacos). O crescimento foi de cerca de 46%.

Estável

A produção de álcool, no entanto, ficou praticamente estável em relação à safra anterior. Foram produzidos 255,8 milhões de litros de anidro e 313,7 milhões de litros de hidratado. No total, as indústrias alagoanas produziram 569,5 milhões de litros de álcool. “Repetimos o resultado da safra 2001/02”, disse Pedro Robério.

O boletim de equivalência do Sindaçúcar mostra que toda a produção industrial da safra 2002/03 é equivalente a 53,6 milhões de sacos de açúcar de 50 kg. Na safra 2001/02, a produção equivalente foi 17,1 milhões de sacos menor e atingiu 36,5 milhões de sacos.

Exportações

O setor sucroalcooleiro alagoano encerrou a moagem 2002/03 fortalecendo, ainda mais, o seu perfil exportador. Tradicionalmente Alagoas acompanhava o comportamento dos demais Estados do Nordeste, que exportam, em média, metade de sua produção de açúcar e destinam a outra metade ao mercado interno. As exportações alagoanas de açúcar chegaram a 25,4 milhões de sacos de 50 kg mais de duas vezes do volume destinado ao mercado nacional, de 11,3 milhões de sacos.

Segundo Pedro Robério, o comportamento de preços durante a safra favoreceu as exportações, cujo faturamento superou R$ 1,3 bilhão ou cerca de 70% do total.

“Alagoas tem fortalecido nos últimos anos o seu perfil exportador. Apenas 7% da nossa produção é destinada ao mercado local. O restante tem de ser comercializada em outros Estados ou países. Na conjuntura atual, temos encontrado melhores condições de competitividade, dada as nossas condições, inclusive geográficas nas negociações com o mercado externo”, justificou.

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