Mercado

Falta do produto piorou a situação

Todos os anos, em janeiro, a história do aumento do preço do álcool combustível se repete em Goiânia, sob a alegação de que é período de entressafra da produção. Mas este ano a situação foi pior. O que chama a atenção dos órgãos de defesa do consumidor é que o aumento de 14 centavos em litro passou a vigorar não apenas nos postos que estavam sem o produto, mas em praticamente todos da capital. No interior, o preço também subiu.

Na terça-feira passada, o presidente do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool (Sifaeg), André Rocha, divulgou os resultados da safra e mostrou números recordes de produção de álcool. Goiás passou a ser o 2º maior produtor de etanol do País, atrás apenas de São Paulo, com 1,64 bilhão de litros, um aumento de 33% sobre o resultado da safra anterior.

O executivo garantiu que as usinas têm produto estocado, suficiente para atender a demanda do mercado nesse p! eríodo de entressafra, que vai até abril.

Na quarta-feira, dia 30, para surpresa do consumidor, começou a faltar etanol em alguns postos da capital, principalmente das bandeiras BR e Texaco. No dia 31 de dezembro, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) determinou a regularização do abastecimento do mercado goiano e que as distribuidoras buscassem o produto em outros Estados, como Minas Gerais. No dia 1º, sexta-feira, o produto reapareceu, porém, com preço mais alto, a R$ 1,75 o litro.

Açúcar

Em setembro, durante um congresso do setor sucroalcooleiro, em São Paulo, as notícias que circularam eram que, em 2009 e 2010, as safras de cana-de-açúcar seriam destinadas mais para a produção de açúcar, porque os preços internacionais do produto estariam mais atrativos.

Alguns analistas chegaram a prever que em janeiro o preço do álcool poderia realmente subir, como está ocorrendo, e até mesmo ultrapassar a R$ 2,00 o litro.