JC 196 – A falta de uma política reguladora de estoques de etanol provoca oscilações de preços, compromete a credibilidade do abastecimento e dificulta o planejamento da produção. O setor sucroenergético aguarda há anos medidas que reduzam as diferenças de preços do produto que caem significativamente devido à grande oferta, após alguns meses de safra, e aumentam de maneira expressiva durante a entressafra. A diferença entre o menor e maior preço, do começo ao final da safra, causa incertezas no mercado e no próprio setor. O período de 10 a 15 dias, antes do início da colheita e moagem, é considerado o mais complicado.
“Essa volatilidade tão grande não é desejável”, afirma Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Ele considera normal que exista um pouco de oscilação por causa da sazonalidade da área agrícola. “Se não existir, não haverá mercado futuro”, observa. Segundo ele, todos reconhecem que o financiamento do estoque e da produção é importante. Mas, as medidas nessa área nunca chegam ao produtor.
Dirigentes da Unica e representantes do setor costumam realizar, anualmente, uma verdadeira peregrinação a vários ministérios para solicitar condições especiais de financiamentos para a formação de estoques. Em meados de abril, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar tinha a expectativa – conforme declarações do diretor executivo da entidade, Eduardo Leão – que o governo anunciasse para os “próximos dias ou semanas” o lançamento de uma linha de crédito visando viabilizar a estocagem de etanol.
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