O preço da cana-de-açúcar pago aos fornecedores paulistas pelas usinas deve permanecer, na safra 2006/2007, em torno de R$ 42,50/tonelada no mínimo, o mesmo valor verificado durante a atual safra, de acordo com o consultor Oswaldo Alonso, da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste). Este valor foi acordado durante esta safra depois de negociações entre fornecedores e usineiros.
Segundo o consultor, a oferta de cana deverá continuar bastante ajustada durante a nova safra. Na safra 2004/2005, os preços pagos eram de R$ 35,50. “Os produtores receberam preços defasados por duas safras e, apesar da atual cotação de açúcar, não tiveram receita suficiente para se capitalizar e investir na cultura”, disse, durante seminário Açúcar e Álcool, realizado em São Paulo (SP).
Alonso acredita que os atuais níveis de preço da cana podem permitir que o setor comece a recompor a margem que perdeu.
Para aumentar a produção de cana na medida necessária que a indústria precisa para atender à demanda crescente de açúcar e álcool, o consultor disse que seriam necessários mais recursos disponíveis, por meio de financiamentos ao produtor no BNDES. “Sem apoio no custeio, não dá para investir na velocidade que o mercado pede atualmente”, disse. Ele informou também que muitas usinas estão convidando os fornecedores e ajudando-os a arrendar terras próximas de suas novas unidades. “As usinas estão fazendo bolsas das áreas de arrendamento, permitindo que seus fornecedores tradicionais as acompanhem.”