Produzir oito mil litros de biodiesel por dia e empregar 24 pessoas na comunidade carente da Cidade de Deus são alguns dos objetivos da Fábrica de Biodiesel, que deverá ser implantada na favela carioca. O projeto é da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e do Instituto Nacional de Tecnologia, em parceria com o Comitê Comunitário da Cidade de Deus.
A fábrica, orçada em R$ 4 milhões e que ainda não tem previsão de implantação, produzirá combustível a partir da mistura do álcool com o óleo de soja. O biodiesel pode ser misturado ao óleo diesel normal para ser usado em veículos automotivos.
Segundo o coordenador do Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes do Instituto Nacional de Tecnologia, Álvaro Barreto, um dos responsáveis pelo projeto, a Fábrica de Biodiesel deverá gerar renda para a comunidade carente, que tem hoje cerca de 30 mil moradores.
Ele explica que o dinheiro obtido com a venda do óleo deverá ser investido na própria fábrica, para fazer com que ela cresça e gere mais emprego. “A gente vê que é uma oportunidade que se dá ao pessoal da comunidade. O projeto foi inicialmente idealizado no sentido de empregar o maior número possível de pessoas no empreendimento, desde que não o torne economicamente inviável”, disse Barreto.
Inicialmente será utilizado, como matéria-prima, o óleo de soja refinado, que ainda é um produto caro. Mas, no futuro, a idéia é passar a reutilizar o óleo de cozinha ou o óleo industrial, o que deverá baratear o custo da produção de biodiesel na Cidade de Deus.