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Exportações são projetadas em US$ 80 bilhões para 2.004

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) projeta exportações de US$ 80 bilhões em 2004 como sua principal meta. Essa cifra corresponderia a um aumento de apenas 9,46% nas vendas externas brasileiras em comparação com o resultado de 2003. Escaldado pelas estimativas não confirmadas anunciadas nos últimos anos, o MDIC esquiva-se de adiantar sua perspectiva de saldo comercial. Mas, se for confirmado o cálculo preliminar do mercado de aumento de cerca de 20% nas importações, o superávit deverá rondar os US$ 22 bilhões em 2004.

A balança comercial de 2004 deverá ser marcada pela continuidade do crescimento das exportações, porém a uma taxa inferior à de 2003. Na avaliação de Ivan Ramalho, secretário de Comércio Exterior, os embarques estarão menos vulneráveis ao esperado reaquecimento da economia brasileira, sobretudo porque há capacidade ociosa nos setores que mais apresentaram avanço nas vendas externas do ano passado, como é o caso de material de transportes. O impacto desfavorável do aumento da atividade econômica se dará apenas naqueles setores que já estão produzindo a todo o vapor, como o de celulose e o siderúrgico.

O desempenho importador de 2004, entretanto, será mais sensível ao compasso dos indicadores de crescimento da economia brasileira. Com as perspectivas oficiais de aumento de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB), as importações poderão avançar até 20%, impulsionadas pelas compras que estão tradicionalmente relacionadas com a expansão do investimento produtivo e das exportações de manufaturas do País.

Em 2003, de janeiro a agosto, as importações acumulavam queda de 22,27%, em comparação com os oito primeiros meses do ano anterior. No último quadrimestre, o sinal inverteu e houve aumento de 14,8%, na comparação com igual período de 2003. Os dados da Secex indicam que o peso maior nessa expansão veio justamente do grupo de matérias-primas e bens intermediários, cujas importações cresceram 22,4%. As compras de bens de capital aumentaram 18,1%, enquanto as de bens de consumo registraram modestos 3,5%, e as de combustíveis e lubrificantes, 4,4%. (Fonte: Agência Brasil)