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Exportações do setor para a China seguem em ritmo acelerado

Impulsionadas por um expressivo incremento dos embarques de soja para a China em maio, as exportações do agronegócio brasileiro para o país asiático renderam US$ 3,4 bilhões no mês, ou 33,3% do total, e US$ 8,3 bilhões nos primeiros cinco meses de 2012 (22,7%), conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. Em maio de 2011, as vendas ao mercado chinês somaram US$ 2,2 bilhões, enquanto de janeiro a maio alcançaram US$ 5,8 bilhões.

O próprio ministério chamou a atenção para o fato de que, se a China fosse excluída da análise, teria havido redução das exportações do setor nos primeiros cinco meses de 2012, e realçou que os embarques para Taiwan aumentaram em quase 160%, para US$ 411 milhões. Como os chineses não podem ser excluídos da lista, no total as exportações do agronegócio brasileiro superaram pela primeira vez a marca de US$ 10 bilhões em um mês de maio e atingiram US$ 10,3 bilhões, 21,2% mais que em maio de 2011.

Tradicional carro-chefe da balança do campo, o chamado complexo soja, que inclui o grão e seus principais derivados (farelo e óleo), rendeu embarques de US$ 4,9 bilhões no mês passado, 45,2% mais que em maio de 2011. Segundo o ministério, “somente as exportações de soja em grão foram de US$ 3,84 bilhões, com embarques de 7,28 milhões de toneladas. A quantidade exportada de soja em grão em maio de 2012 representou uma expansão de cerca de 2 milhões de toneladas em relação aos embarques do mesmo mês do ano passado. Houve, também, aumento do volume exportado de farelo de soja (4,1%) e óleo de soja (81,5%)”.

Os preços de exportação de soja em grão também colaboraram e subiram 9,6% na comparação. O farelo aumentou 5,9%, mas no caso do óleo houve retração de 0,6%. De janeiro a maio, o complexo soja registrou vendas externas de US$ 12,6 bilhões, 31,7% mais que nos primeiros cinco meses de 2011.

Também nos cinco primeiros meses do ano, os embarques do complexo carnes (bovina, suína e de frango), que só perderam para as vendas de soja, renderam US$ 6,4 bilhões, 1,9% mais que em igual intervalo do ano passado. Em seguida aparecem o complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) e produtos florestais, mas em ambos os casos houve retração na comparação com igual intervalo de 2011 (ver gráficos acima).

Já as importações totais do setor tiveram queda acumulada de 0,8%, para US$ 6,9 bilhões, e com isso o superávit de janeiro a maio somou US$ 29,8 bilhões, ante os US$ 27,3 bilhões nos primeiros cinco meses de 2011.