Mercado

Exportação do agronegócio deve aumentar 13% este ano

O aumento sustentado dos preços em dólar no mercado internacional de commodities tem compensado com folga a valorização cambial do real sobre a moeda americana, o que elevará as exportações brasileiras do agronegócio a US$ 57 bilhões em 2007 – um resultado 13% superior aos US$ 49,4 bilhões de 2006.

A avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) divulgada ontem também inclui a previsão de um saldo comercial positivo de US$ 48,5 bilhões neste ano. Se confirmado, o desempenho seria 12% acima de 2006 e adicionaria US$ 6 bilhões ao superávit do agronegócio.

Nas contas da CNA, haverá uma mudança no ranking das exportações do setor. Líder absoluto da balança comercial desde 1997, o complexo soja deve perder o lugar para o complexo carnes e, talvez, até ceder o segundo posto para os embarques do complexo sucroalcooleiro.

As exportações de carne devem somar US$ 10,5 bilhões (18,5% do total), segundo a CNA. A soja deve ficar em US$ 9,5 bilhões (16,6%). E as vendas de açúcar e álcool podem passar de US$ 7,7 bilhões para US$ 9,5 bilhões. “Isso indica uma mudança no perfil da pauta exportadora do agronegócio, com o predomínio de produtos de maior valor agregado”, avalia o especialista em comércio exterior da CNA, Antonio Donizeti Beraldo.

Na mão das importações, Donizeti diz que haverá uma elevação superior a 21% neste ano, somando US$ 8,5 bilhões. As compras de trigo, que já cresceram 23% neste, pressionam o resultado. Até março deste ano, as importações aumentaram 33,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2006.