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Expectativa de futuro dos fornecedores do setor está em alta

Os investimentos na área agrícola na safra atual do setor sucroenergético está gerando expectativa positiva na cadeia fornecedora para o futuro. Prova disso, é que aexpectativa do segmento foi a que apresentou a alta mais significativa em julho já que saltou de 0,50 para 0,54, na9ª rodada do Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético (ICFSS Multiplus/Fundace), medido pelo Agrofea – Programa de Pesquisa em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP.

Segundo os entrevistados, os investimentos nas usinas serão realmente notados a partir do próximo ano e com o novo período de entressafra. Segundo a pesquisa, os entrevistados admitem que os investimentos na área agrícola deve aumentar a produtividade e a produção, fazendo com que a demanda por reparos e novos equipamentos nas usinas aumente.

No geral, o índiceestá praticamente estável, com pequena queda de 0,01 ponto em comparação com a rodada anterior, de abril 2012, atingindo 0,52 pontos.Porém na comparação com o mesmo período de 2011, a queda foi de 0,10 pontos, uma vez que o ICFSS de junho de 2011 foi de 0,62 pontos.

Já o indicador referente às condições atuais, que também compõe o Índice, apresentou queda de 0,07, atingindo o valor de 0,40, o que aponta para um nível insatisfatório para os gestores entrevistados (abaixo de 0,50 pontos). Com queda de 0,07 pontos, o indicador relacionado às condições atuais da empresa atingiu pela primeira vez 0,49, valor abaixo do nível de equilíbrio. Isso aconteceu, de acordo com o relatório, por que a cadeia produtiva como um todo sofre com o baixo investimento ou a priorização dos investimentos na recomposição dos canaviais.

O ICFS é composto por expectativas dos gestores e pelas condições atuais do setor, na avaliação dos próprios entrevistados. O indicador que se refere às expectativas dos gestores se manteve praticamente estável com elevação de 0,01 ponto. Dentre as variáveis que compõem este indicador, apenas o referente à economia do País em geral apresentou queda (de 0,57 para 0,55). As variáveis de expectativa em relação à empresa e em relação ao fornecimento para o setor se mantiveram praticamente estáveis e devem manter esta tendência, segundo o relatório.

A variável referente às condições atuais da economia em geral apresentou maior redução (0,10 pontos), o que reflete preocupação com os desdobramentos da crise de 2008 no momento atual e suas consequências. Já a variável sobre fornecimento para o setor sucroenergético caiu 0,08 pontos e a relacionada ao sistema agroindustrial sucroenergético apresentou queda de 0,04 pontos.

De acordo com o relatório, a queda nas variáveis diretamente relacionadas ao setor pode ser explicada pela falta de novos projetos e pela diminuição da demanda por equipamentos e manutenção nas usinas. O relatório lembra que esta queda era tendência desde 2011 e se acentuou nesta safra com chuvas fora de época.

O relatório também compara a evolução do ICFSS com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Confederação Nacional da Indústria no mesmo período. Embora ambos tenham apresentado queda, o recuo do ICEI foi de 0,04 pontos (de 0,57 para 0,53), enquanto o ICFSS fechou a rodada praticamente estável. “A comparação ressalta que a piora das condições sentidas há algumas rodadas pelo fornecedor do setor sucroenergético passaram a ser também sentidas também por outros setores da economia. Atualmente, os indicadores de confiança da indústria e o indicador do setor sucroenergético estão praticamente equivalentes (0,53 e 0,52, respectivamente)”, revela a pesquisa.

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