O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Dourados (Simted) e o Instituto do Meio Ambiente e Desenvolvimento (Imad), em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), estarão realizando na quinta-feira um debate sobre a expansão da cultura da cana -de-açúcar.
O objetivo é fazer uma avaliação em torno da instalação da primeira usina de açúcar e álcool de Dourados, na região do distrito de Itahum. Em nível estadual existem projetos de construção de mais 20 usinas.
Os organizadores do evento querem provocar uma discussão em torno das alterações a que a comunidade será submetida, quanto ao meio ambiente, pois a plantação permanente da cana não repõe nutrientes, causando a degradação, o empobrecimento do solo e das águas superficiais e subterrâneas. Outro fator preocupante, segundo eles, é com o Rio Dourado. Embora a usina esteja sendo instalada a 35 quilômetros de Dourados, estará a um quilômetro deste rio, fornecedor de água para várias cidades da região.
O debate está sendo coordenado pela bióloga Rosinéia Moreno, da diretoria do Simted, explicando que “serão avaliados os impactos positivos e negativos gerados pela expansão das instalações de usinas sucroalcooleiras, como a quantidade de empregos, trabalho braçal subhumano, emissão de gases, liberação de dejetos, proximidade com o Rio Dourado, enfim, quem realmente lucra com essas usinas”.