Com participação de 22% na moagem de cana-de-açúcar do Centro-Sul, a Copersucar deve endurecer a partir de agora os critérios de entrada de novos sócios. Sem mencionar valores, Luiz Roberto Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar, afirma que o ponto-chave deve passar pelo preço pago pelas cotas da empresa aos novos membros.
A última leva de usinas sob as antigas condições foi anunciada ontem. Um grupo de seis unidades industriais – grupo Virálcool, usinas Pitangueiras, Caçu, Decal e Rio Verde – que reúnem moagem de 10 milhões de toneladas – vai elevar a comercialização de açúcar e etanol da Copersucar para o equivalente a moagem de 135 milhões de toneladas de cana, das quais 15 milhões de toneladas de associadas. Em produto, os números totais da temporada 2011/12 devem ser de venda de 8,1 milhões de toneladas de açúcar e 5,2 bilhões de litros de etanol, avanço de 27% e 25% respectivamente.
A revisão das condições, diz Pogetti, vem para responder à mudança de patamar da empresa. Desde que se tornou uma Sociedade Anônima (S.A.), em 2008, a Copersucar agregou expertise em trading e logística que trazem um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da ordem de 6% do faturamento – que em 2010/11 foi de R$ 11 bilhões e que em 2011/12 deve avançar 27%.
A empresa também tirou da gaveta o antigo plano de abrir capital em bolsa de valores. Isso para fazer frente à antecipação para três anos dos investimentos de R$ 1,5 bilhão quer seriam feitos em logística ao longo de cinco anos, segundo Pogetti.
Abrir capital em bolsa é uma das alternativas de financiamento em estudo, pondera Pogetti, mencionando que a empresa já detém custos de captação de dinheiro compatíveis com as empresas de mais baixo risco de crédito do mercado. “A decisão final sobre a melhor forma de financiar esses investimentos será dada no seg undo semestre”, avisa. (FB)