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Executivos defendem melhor aproveitamento do potencial energético do setor

O diretor de novos projetos da CPFL Renováveis, Alessandro Gregory, disse ontem (22/11), durante sua apresentação na 11ª Conferência Internacional da Datagro, em São Paulo, que o setor precisa aproveitar melhor seu potencial energético. “Alguns motivos os levam a não investir nesse melhor aproveitamento, como o desconhecimento, a decisão do investimento e as questões de conexão ao sistema”, afirma ele.

Nesse sentido, o executivo colocou a empresa à disposição do segmento, a fim de alvancar parcerias. “Nos projetos dos parceiros temos acompanhado o aumento da eficiência na moagem, com o mesmo volume de cana. Nossos projetos têm vida útil de 20 anos e depois a CPFL transfere os ativos para as usinas”, afirma.

Ele explica que os projetos com usinas possuem mais de 300 MW de potência instalada em operação e mais três projetos devem entrar em operação entre 2012 e 2013.

Marcos Junk, presidente da Unica, também na Conferência, disse que o setor tem nos canaviais o equivalente a três usinas de Belo Monte em energia limpa. “O consumo de etanol e bioeletricidade proporciona uma redução de emissões de 46 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente por ano. Com a expansão da indústria sucroenergética, essa redução passaria para 112 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente em 2020. Seria uma contribuição significativa e fundamental para que o país atinja as metas estabelecidas na Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC),” destaca.