A Organização Mundial do Comércio (OMC) ataca a política agrícola da União Européia (UE) e conclui que o bloco adota práticas que distorcem o mercado mundial. A constatação faz parte da revisão da política comercial européia conduzida nesta semana em Genebra e que aponta, entre os outros aspectos, que “a liberalização de produtos agrícolas nos acordos comerciais da UE são limitados”. Para a OMC, uma abertura agrícola na Europa favoreceria países não apenas como o Brasil, mas a economia do próprio bloco. Segundo o estudo da OMC, fica claro que a agricultura européia conta com expressivos mecanismos de proteção. A avaliação deu a oportunidade para que países fizessem suas críticas contra aUE e 700 questões foram enviadas pelos diversos governos para Bruxelas. No caso do Brasil, os comentários apontaram para uma necessidade de que as reformas na política agrícola sejam mais profundas e mais rápidas. Apesar de a tarifa de importação média ser de apenas 6,5% na UE, a realidade do setor agrícola é diferente. A média tarifária é de 10% e muitos produtos sensíveis chegam a ter tarifas de até 209,9%. No caso do açúcar, produto de interesse do Brasil, a tarifa é de 114%. Na avaliação dos economistas da OMC, o resultado desse protecionismo é um verdadeiro “isolamento” de alguns setores europeus de qualquer tipo de competição. Com isso, a OMC ressalta que os subsídios passam a ser “indispensáveis” para que a UE exporte. Para a OMC, esse apoio encontra-se em níveis altos e, em 2002, o bloco destinou € 2,5 bilhões para subsidiar as exportações. Isso representaria 90% de todo o apoio à exportação dada pelos países ricos. Do total de subsídios à exportação, 18,8% dos recursos vão para açúcar, enquanto o leite recebe 15,6%. AOMC ainda indica que, mesmo diante das reformas, o volume de subsídios distorcivos se manteve praticamente inalterado nos últimos anos. Em 2003, a UE destinava no total € 43,2 bilhões a seus produtos, o que representava 40% do orçamento do bloco. No caso do açúcar, os economistas admitem que a produção européia não é competitiva e que as exportações apenas ocorrem graças aos subsídios. O resultado, porém, é um custo três vezes maior para o consumidor europeu. Em seu estudo, a OMC ainda destaca as negociações comerciais entre o Mercosul e a UE e, usando um documento do Banco Mundial de 2003, aponta que o acordo ampliaria o comércio entre as duas economias. Países de fora dos blocos, porém, sairiam perdendo. O relatório também conclui que os ganhos com uma liberalização multilateral seriam quatro vezes maiores que no acordo entre oMercosul e UE.
Mais Notícias
Mais artigos
Mercado
Usina tradicional divulga ata de reunião do Conselho
Ata de reunião do Conselho da usina tradicional foi divulgada em 15 de dezembro
Biometano
Cidades paranaenses recebem rede abastecida por biometano
A rede com cerca de 10 quilômetros de extensão atenderá aos municípios de Cambé e Londrina no Norte do Paraná
Mercado
Jalles tem aval para aumentar capital em R$ 413 milhões
Aprovação do Conselho de Administração da Jalles foi divulgada em Comunicado ao Mercado
Mercado
Agência de classificação de risco divulga relatório sobre a Raízen
Relatório da agência é divulgado em Fato Relevante da Raízen
Mercado
Tereos celebra 25 anos no Brasil com doação de açúcar para municípios
Ação reforça compromisso social da Tereos e sua conexão histórica om as comunidades onde atua
Vagas
bp oferece 10 bolsas integrais em programa de intercâmbio internacional
Brasileiros interessados podem se candidatar até 15 de janeiro no site do programa, destaca a bp