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EUA terão 35 milhões de carros flex até 2015

O número de veículos norte-americanos que podem ser movidos a etanol e gasolina crescerá seis vezes até 2015, expandindo a demanda de combustíveis alternativos e reduzindo as possibilidades de uma saturação, segundo a Associação de Combustíveis Renováveis.

Dentro de oito anos, nada menos de 35 milhões dos chamados veículos flex estarão rodando nas estradas americanas, em comparação com os atuais 6 milhões, criando uma demanda de mais de 80 bilhões de litros de E85, um combustível para motores composto de 85% de etanol e 15% de gasolina, disse Bob Dinneen, presidente da associação sediada em Washington. “Não haverá excedente de etanol por muito tempo”, disse Dinneen.

O preço dos contratos futuros de etanol em Chicago caiu 14% desde junho do ano passado, porque, nos EUA, chegou ao mercado uma capacidade extra de refino. Um relatório do governo divulgado no dia 4 de maio mostrou que, em fevereiro, a produção de etanol dos EUA subiu para 5,9 bilhões de galões ao ano (22,42 bilhões de litros), porque novas refinarias atingiram a capacidade máxima de produção.

Segundo a Associação de Combustíveis Renováveis há 119 destilarias de etanol nos EUA, 78 estão em construção e oito se expandiram. As refinarias de gasolina recebem um incentivo fiscal de 51% para misturar etanol ao seu combustível. O etanol é misturado à gasolina para atender às normas federais. “É possível elevar os níveis de mistura nos EUA, mas isto exigirá bastante tempo e pesquisa”.

Os EUA cobram uma tarifa de 54 cents por galão sobre as importações de etanol, o que bloqueia os embarques. Tal política limita o fornecimento de combustível alternativo e impulsiona os preços. Enquanto vigorarem incentivos fiscais nacionais para o etanol é improvável que a tarifa seja retirada, segundo Dinneen.

“A tarifa contrabalança o benefício fiscal, que incide sobre o etanol independentemente da fonte. Será que os contribuintes americanos viram o valor do etanol subsidiado no exterior? A resposta será não”.