Os Estados Unidos bateram novo recorde de produção de álcool em julho,
segundo a Renewable Fuels Association (RFA), associação que reúne os
produtores americanos de biocombustíveis. No período, foram produzidos 218 mil barris diários de álcool, com elevação de 22,5% sobre os 178 mil barris diários sobre o mesmo período de 2003.
Segundo maior produtor de álcool do mundo, os EUA possuem 81 destilarias e têm capacidade para produzir 12,9 bilhões de litros de álcool por ano. Os americanos têm ainda mais 11 projetos de usinas em construção.
No Brasil, analistas e empresários prevêem maior produção e exportação
brasileira de álcool. No acumulado do ano até setembro, os embarques
totalizaram 1,79 bilhão de litros, volume 320% superior em relação ao mesmo período de 2003.
As projeções da Datagro para a temporada 2005/06 são de que as exportações brasileiras alcancem 3 bilhões de litros, ante as estimativas de até 2,4 bilhões de litros para a safra 2004/05.
Segundo Martin Todd, da consultoria inglesa Landel Mills Commodities (LMC) International, o Brasil será por muito tempo o principal exportador mundial de álcool. Tailândia e África do Sul poderão ser os principais concorrentes do país, mas não terão força para derrubar a liderança brasileira. Plínio Nastari, presidente da Datagro, acrescentou que a Guatemala tem condições de brigar por boa fatia deste mercado.
Segundo Nastari, a demanda por álcool está firme também no Brasil, reforçada pelo crescimento da participação dos carros a álcool e flexfuel nos totais de veículos vendidos no país. Em setembro, esta fatia foi de 32%.
O Centro-Sul do Brasil tem 33 projetos novos de usinas, dos quais 22 estão em São Paulo.