Não é só no Brasil que a oferta escassa de álcool se tornou um problema para o governo.
A oferta de etanol de milho dos Estados Unidos ficará “bastante apertado” nos primeiros meses de 2006 uma vez que mais refinarias e distribuidoras devem reduzir o uso da mistura de MTBE à gasolina, declarou o Departamento de Informação de Energia (EIA na sigla em inglês). O IEA declarou que as importações de álcool do Brasil poderiam ser uma solução.
O álcool, que nos Estados Unidos é derivado principalmente de milho, está ganhando participação no mercado porque o MTBE foi relacionado à contaminação dos lençóis freáticos.
“Tanto em termos de capacidade quanto de transporte, tudo sugere uma situação bastante apertada pelo menos no primeiro semestre”, disse o EIA em seu comentário semanal sobre o mercado de petróleo.
Enquanto a capacidade de produção de etanol está crescendo rapidamente, ela pode não ser suficiente se muitos fornecedores de gasolina aumentarem o teor de álcool durante os dois primeiros trimestres.
“A disponibilidade de estocagem e infra-estrutura de transporte talvez seja um desafio ainda maior durante a primeira metade de 2006”, acrescentou a agência, observando que pode não haver vagões e barcos disponíveis para transportar o combustível renovável. Por exemplo, com o fim completo do uso de MTBE, a costa oeste americana precisaria transportar cerca de 90 mil barris a mais por dia, ou duas vezes e meia a quantidade de álcool sendo encaminhada para a costa leste em 2005.
Em agosto, o presidente dos EUA, George W. Bush, assinou uma lei determinando que a produção de álcool dos EUA quase dobre até 2012.