Senadores americanos, incluindo o republicano presidenciável John McCain, apresentaram hoje uma proposta de lei para que o governo paralise a lei atual que estabelece metas obrigatórias para a produção de etanol no país. A proposta dos quase doze senadores é de que sejam mantidos os atuais níveis de produção.
Ainda não está claro se os senadores conseguirão apoio para sua proposta, já que a obrigatoriedade foi aprovada no ano passado com o apoio dos dois partidos, sendo considerada o princípio básico do programa de energia dos Estados Unidos apenas alguns meses atrás. Trata-se, principalmente, de uma reviravolta política contra o etanol.
Sob a lei atual, grandes áreas de terra, que normalmente seriam destinadas à produção de alimentos, são revertidas para o cultivo do milho a ser usado na produção de etanol. Com os padrões designados pela lei aprovada em dezembro, seria necessário um enorme aumento de produção de biocombustível de nove bilhões de galões em 2012 para 36 bilhões em 2022. A lei prevê a transição do atual sistema de produção de etanol para o uso de outros tipos de matéria-prima, como o de celulose, que não compete com alimentos.
“A obrigatoriedade (da produção) de etanol está, claramente, provocando conseqüências inesperadas para os preços de alimentos aos consumidores americanos”, disse o senador republicano do Texas Kay Bailey Hutchison, que apresentou o projeto de lei. “Congelar a obrigatoriedade é do interesse dos consumidores, que não podem arcar com os aumentos de preços nas lojas por conta da reversão do milho como alimento para combustível”, concluiu. As informações são da Dow Jones.