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EUA perdem US$ 2,2 bi com Katrina e seca

Os agricultores dos EUA amargaram quase US$ 900 milhões em perdas devido à passagem do furacão Katrina pelo centro-sul do país e prejuízos estimados em US$ 1,3 bilhão pela seca ocorrida na região oriental do Cinturão do Milho, disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, pelas iniciais em inglês).

O furacão destruiu cerca de 4% da safra de algodão dos Estados do Alabama e do Mississippi, além de 9% da produção de cana-de-açúcar do Estado da Louisiana, equivalente a 1,5% da produção total de cana do país no ano fiscal que tem início em outubro, disse ontem o Usda, em comunicado. As perdas de curto prazo na área de produção animal foram calculadas em US$ 30 milhões.

“Diante da gravidade do furacão, os prejuízos agrícolas poderiam ter sido maiores”, disse no comunicado Mike Johanns, secretário de Agricultura dos EUA.

Ele estimou que as perdas de US$ 900 milhões da produção decorrentes da passagem do furacão Katrina devem ser comparadas aos US$ 20 bilhões em renda da produção agrícola auferidos pelos agricultores dos Estados do Alabama, Flórida, Louisiana, Mississippi e Tennessee, disse o Usda. A estimativa não inclui os prejuízos com infra-estrutura ou o custo gerado pela suspensão de longo prazo do fornecimento desse tipo de serviço.

O Usda informou também que a seca na região leste do Cinturão do Milho tinha causado prejuízos estimados em US$ 1,3 bilhão às culturas de milho e de soja dos Estados de Arkansas, Illinois, Indiana, Missouri, Ohio e Wisconsin.

O milho e a soja são os principais produtos agrícolas dos Estados Unidos. A safra de milho do país no ano passado foi avaliada em US$ 23 bilhões e a produção de soja, em US$ 16,1 bilhões.

Com as perdas dos EUA, pode sobrar espaço maior para os produtos brasileiros (algodão, cana e milho) no mercado externo.

As perdas de US$ 30 milhões relativas aos animais de criação incluem milhões de frangos e um contingente estimado em 10 mil cabeças de gado, disse o Usda.

Os produtores de laticínios tiveram de inutilizar uma produção de leite estimada em US$ 3 milhões depois que as fazendas e as unidades de processamento ficaram sem energia elétrica.

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