A Ethanol Africa Ltd., que está fazendo o planejamento da primeira unidade de processamento de milho para a produção de combustível da África do Sul, disse que a alta dos preços do aço e dos grãos e a atração exercida sobre as empresas norte-americanas por seu país de origem fizeram os investidores dos EUA abandonarem o projeto.
A empresa recorreu aos investidores locais em busca de recursos depois que companhias norte-americanas não-identificadas retiraram seu apoio, disse Johan Hoffman, principal executivo da Ethanol Africa, com sede na Cidade do Cabo às agências internacionais. A empresa pretendia originalmente levantar 1,2 bilhão de rand (US$ 170 milhões) até o fim de 2006.
Os planos de construir 77 novas destilarias de etanol nos EUA afastaram os investidores da Ethanol Africa. Além disso, desde o anúncio inicial, um ano atrás, o custo estimado de construir a unidade de processamento sul-africana subiu em um terço, com a disparada dos preços do aço, ao mesmo tempo em que a quase duplicação dos preços do milho reduziu as margens de lucro projetadas.
“O mercado se voltou contra nós, enquanto o mercado de etanol dos Estados Unidos explodiu”, disse Hoffman em entrevista numa conferência sobre biocombustíveis realizada em Johanesburgo. “A verdade é que a África ainda é vista como arriscada, mas nos EUA o governo está apoiando plenamente a indústria de etanol.”
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O Ministério do Comércio da África do Sul está sondando as opiniões dos produtores rurais e empresas em torno de um plano preliminar, publicado a 7 de dezembro do ano passado, de fundar uma indústria de biocombustíveis comerciais. A Secretaria da Fazenda da África do Sul também está reexaminando as políticas fiscais destinadas às empresas produtoras de biocombustíveis e vai concluir seu trabalho este ano.
O governo está seguindo o exemplo dos EUA, do Brasil e da Europa ao estimular os investimentos em unidades de processamento de etanol para combater os altos preços do petróleo bruto, diversificar a oferta de combustíveis e baixar as emissões de dióxido de carbono.
A Ethanol Africa identificou sócios potenciais para o projeto na África do Sul, entre os quais produtoras de petróleo, bancos e empresas de transporte cuja identidade Hoffman prefere não revelar até a conclusão das negociações. Ele também está em conversações com a estatal Industrial Development Corp.
