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ETH Bioenergia adquire usina Eldorado em MS por R$ 700 mi

A ETH Bioenergia, empresa do grupo Odebrecht que atua desde o ano passado no setor sucroalcooleiro, formalizou hoje a aquisição da usina Eldorado, no município de Rio Brilhante, MS, por R$ 700 milhões. A unidade moeu 2,2 milhões de toneladas de cana na safra 2007/08.

A unidade tem capacidade instalada para produzir 132 mil toneladas de açúcar e 110 milhões de litros de álcool hidratado. O potencial de geração de energia chega a 12 megawatts (MW). O plano de expansão de três anos prevê aumento da capacidade de cogeração para 130 MW. O volume de moagem deverá saltar para 5 milhões de toneladas de cana.

Fundada em julho de 2007, a ETH iniciou as atividades no setor de açúcar e álcool e cogeração de energia com a aquisição da usina Alcídia, em Teodoro Sampaio, SP, em julho do ano passado. A unidade foi adquirida por R$ 290 milhões equivales ao valor e à ampliação da usina. A capacidade de produção poderá alcançar 2,1 milhões de toneladas em 2009.

Para a safra de 2008/09, que começa em abril, as duas usinas em operação deverão processar juntas cerca de 3,8 milhões de toneladas de cana, volume que deve ser ampliado para 8 milhões em 2009/10, com o início de operação de mais três unidades.

As características das usinas seguem o modelo de negócios da ETH, que é estruturado em pólos, núcleos concentrados de produção e de instalação de usinas. Além das duas unidades em operação, a ETH possui nove projetos de construção distribuídos em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.

A companhia pretende figurar entre os líderes do mercado em dez anos, com 11 usinas operando em mais de 600 mil hectares de área plantada. Em 2018, a capacidade total de moagem pode chegar a 50 milhões de toneladas por safra. A produção anual prevista é de 3,1 bilhões de litros de etanol e 1,9 milhão de toneladas de açúcar. A cogeração de energia deverá alcançar 1,3 mil MW/ano.

De acordo com o diretor presidente da ETH, Clayton Hygino de Miranda, a localização vai facilitar o escoamento dos produtos. “A proximidade geográfica das futuras unidades industriais permitirá redução de custos na produção, transporte e logística”, afirma.