O preço do etanol volta a subir. Em Fortaleza, já é possível encontrar o litro do combustível a valores acima de R$ 2.
Consumidores finais e revendedores de combustíveis aguardavam que a safra de cana-de-açúcar contribuísse para redução dos preços. Após suave queda, no entanto, o preço volta a assustar.
Postos em diversos bairros da Capital apresentaram alta, conforme estudo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado semana passada.
É o caso dos bairros Benfica, Parangaba, Pio XII, Aldeota, Lagoa Redonda, Parquelândia, Vila Pery, Henrique Jorge, Jardim América, Montese, Bairro de Fátima, Presidente Ken nedy, Cidade dos Funcionários, Genibaú e Antônio Bezerra. O pico ficou em R$ 2,199, no Costa Comércio de Petróleo Ltda, na Avenida dos Expedicionários, 4474, no Benfica.
Desde o início do ano, o preço dos combustíveis vem causando insatisfação aos consumidores e incerteza a distribuidores. Em janeiro, o Governo Federal havia anunciado ter estoque suficiente para atender o mercado até o início da safra seguinte da cana, prevista para abril, o que não conteve a disparada nos preços.
Para compensar financeiramente em relação à gasolina, o etanol precisa ser 30% mais barato por render 30% menos. Este ano, em geral, isso não aconteceu.
É só o começo
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O litro deve chegar a R$ 2.20, assegurou o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos-CE), Guilherme Meireles.
“Só esta semana, subiu 8%. Vai até 20% este mês de julho. Cada vez mais, fica sem compensar (o etanol). Vamos torcer para que não leve a gasolina junto”, alertou o presidente do Sindipostos.
Há cerca de 20 dias que os preços vêm subindo junto às distribuidoras, mas, segundo afirmou Meireles, os postos estavam com estoque para não repassar o preço ao consumidor final.
O temor de que o consumo de gasolina aumente é de que possa haver desabastecimento do produto, igual risco sofrido ainda este ano. “O Brasil não tem essa gasolina toda pra vender”, comentou Meireles.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Debate sobre o preço do combustível ofusca o debate sobre o incentivo à produção de fontes de combustíveis limpas. Parece que os interesses financeiros ainda estão acima de querer o bem-estar das gerações futuras.
