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Etanol não virou combustível de nicho, diz Unica

Etanol não virou combustível de nicho, diz Unica

A presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina, afirmou nesta quinta-feira (2/10) que o “etanol não virou combustível de nicho”, apesar da participação do produto na matriz energética brasileira ter caído de 30% em 2009 para 16% hoje em dia. Segundo ela, o biocombustível é importante para o abastecimento interno, para a balança comercial, para o meio ambiente e funciona também como “um regulador dos mercados de açúcar e etanol”.

Eleição

A presidente da Unica disse que a entidade não irá declarar apoio a nenhum candidato à Presidência da República, caso haja segundo turno. “Há opiniões pessoais, mas nós, enquanto entidade, não vamos declarar apoio a ninguém”, comentou ela minutos antes de seminário sobre o setor promovido pela Demarest Advogados, em São Paulo. O primeiro turno das eleições será realizado no próximo domingo, 05, e a Única também não declara em quem vai votar.

Apesar da neutralidade da Unica, o setor de distanciou da candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, e se aproximou da oposição. Em abril, a Agência Estado revelou que os nomes considerados eram os do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), e o do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo em agosto. Desde então, também passou a ter maior interlocução com Marina Silva, que sucedeu Campos na chapa do PSB.

Recentemente, o presidente do Conselho Deliberativo da Unica, ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, declarou apoio ao presidenciável Aécio Neves durante entrevista. “Essa é a opinião dele enquanto pessoa, até porque ele é presidente de outros conselhos”, comentou Farina.

Projeto Agora

A presidente da Unica informou ainda que o Projeto Agora poderá voltar a funcionar neste mês de outubro, com uma “estrutura menor”. Criado em 2009, o projeto tinha por objetivo fomentar a comunicação e o marketing do setor sucroenergético, mas acabou sendo suspenso em maio pela Unica, durante uma reestruturação orçamentária.

Fonte: Estadão