A União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica) divulgou que considera “totalmente ultrapassada a idéia de que a agroenergia pode afetar a produção de alimentos”.
O comentário é uma resposta à iniciativa do governo de Cuba, tomada esta semana, de propor à ONU a realização de um estudo para avaliar até que ponto a produção de etanol, tanto de milho como de cana-de-açúcar, afetam a produção de alimentos no mundo.
A Unica esclarece que “a revolução na produtividade do campo – pela mecanização do plantio e da colheita, melhoramento de sementes, uso intensivo de fertilizantes e defensivos e manejo científico dos recursos naturais – tornou totalmente ultrapassada a idéia de que a agroenergia pode afetar a produção de alimentos”, diz o documento.
A Unica informa que o milho híbrido, principal matéria-prima da produção de etanol nos Estados Unidos, “está na base da multiplicação espetacular da produção, começando na América do Norte” e diz também que no Brasil se anotam progressos da mesma grandeza, com o desenvolvimento de agricultura adaptada aos trópicos.
“Éramos capazes de produzir 20 milhões de toneladas de grãos em 1960 – quando por sinal a colheita da cana-de-açúcar estava na mesma ordem de grandeza. Agora, caminhamos para uma colheita de 130 milhões de toneladas de grãos, enquanto a cana supera 400 milhões de toneladas”, informa a entidade que representa o setor produtor.