Problemas de logística das distribuidoras de combustíveis estão fazendo com que postos de combustíveis da região de Campinas e Sorocaba, cidades do interior do Estado de São Paulo, registrem desabastecimento de etanol por períodos curtos de tempo. Em cidades como Campinas, Jundiaí, Indaiatuba e Sorocaba, alguns postos já ficaram sem etanol combustível pelo menos por um dia.
O vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz, disse que um eventual desabastecimento de etanol pode ser explicado pelo fato de que a região Centro-Sul está na entressafra da produção de etanol. “Neste período, a venda de etanol fica concentrada em apenas algumas usinas, o que dificulta a logística de abastecimento de alguns postos porque há uma fila de embarque, o que atrasa o processo”, informa Vaz, que ainda nã! o havia sido informado sobre a falta de etanol no interior paulista. Segundo ele, se houver o desabastecimento, ele é localizado e será rapidamente sanado.
Para o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio Pádua Rodrigues, existe etanol suficiente para abastecimento do consumo. “Se houver desabastecimento, é um problema das distribuidoras. As usinas se prepararam para oferecer produto suficiente para o abastecimento”, disse.
Segundo ele, o que existe é um problema de preço, que está tornando o etanol menos competitivo. Pádua explica que, nos últimos dias, as distribuidoras até reduziram suas compras nas usinas. “Existem falhas nos processos de abastecimento das distribuidoras que precisam ser corrigidos”, explica.
Uma dessas falhas, segundo fontes do setor, é de que algumas distribuidoras compram combustíveis de outras distribuidoras menores, conhecidas como emergentes. Se estas emergentes possuem problemas para se abastecer nas usinas ou calcula mal o volume de combustível a ser comprado, ela acaba afetando toda a cadeia.