No momento em que a experiência brasileira na utilização do etanol, apresentada na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-16) e no World Climate Summit (WCSC), eventos que acontecem paralelamente em Cancún, no México, até o próximo dia 10, ganhou destaque nos debates, senadores dos EUA pressionam para que o país retire os subsídios aos produtores locais de álcool de milho.
A tarifa existente hoje nos Estados Unidos, de US$ 0,54 por galão para a importação de etanol e o subsídio pago pelo governo de US$ 0,45 pela mistura de etanol na gasolina, vencem em dezembro de 2010. Por isso, 17 senadores norte-americanos assinaram, terça-feira, uma carta pedindo aos líderes do Congresso dos Estados Unidos que não renovem os subsídios.
No documento, os senadores deixam claro que “…não apoiamos a extensão dos subsídios e da tarifa. Estas provis ões são irresponsáveis do ponto de vista fiscal e do meio ambiente, e sua prorrogação tornaria nosso país mais dependente do petróleo estrangeiro”.
De acordo com o jornal The Washington Post, o pedido para o fim dos subsídios coloca muitas autoridades em uma posição delicada, já que vários políticos estão de olho nas eleições presidenciais de 2012. A extinção ou não dos subsídios também está sendo vista como um teste para ver até onde os Republicanos possuem vontade política para colocar rédeas nos gastos e no déficit.
O fim dos subsídios e da tarifa de importação beneficiará o etanol brasileiro. E a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) aposta nisso ao defender o produto na conferência em Cancún. Segundo o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, as emissões brasileiras de gases causadores de efeito estufa medidas em 2006 teriam sido 10% maiores não fosse a contribuição do etanol. Um resultado que pode ser reproduzido em outros pa íses que utilizarem o combustível.
Apesar de a Petrobras não ter os Estados Unidos como mercado prioritário para a venda de etanol, a possível abertura do mercado norte-americano para o produto brasileiro poderá representar um aumento importante de demanda segundo o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli.
Ele acredita, no entanto, que a abertura do mercado americano será um processo de longo prazo. Segundo Gabrielli, a estratégia da empresa, por enquanto, está mais voltada ao mercado brasileiro e a outros países.
O Senado dos EUA pressiona para que o governo de Obama acabe com os subsídios aos produtores locais de etanol de milho e com as tarifas de importação do produto, que vencem este mês. A medida beneficiaria o produto brasileiro, feito a partir de cana-de-açúcar. O etanol ganha importância nas discussões da convenção para o clima que termina dia 10 em Cancún no México. A tarifa atual, nos EUA, é de US$ 0,54 por galão para importação e o subsídio pa go pelo governo é de US$ 0,45 pela mistura de etanol na gasolina.
Para a Petrobras, a possível abertura do mercado norte-americano para o etanol brasileiro poderá representar um aumento importante de demanda, segundo o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli. O etanol de cana é considerado mais adequado do ponto de vista ambiental.