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Etanol ? entendendo o mercado e os preços

As pesquisas sobre biocombustíveis no Brasil avançam e o País aposta em novas possibilidades para produção do etanol. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) formalizam, hoje, parceria voltada para a sustentação energética do Brasil. O acordo será assinado durante a inauguração do prédio principal do CTBE na cidade de Campinas, em São Paulo, e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As duas entidades assumem juntas o compromisso de investir em tecnologia avançada, para garantir a produção brasileira de etanol, a partir da cana-de-açúcar e de materiais lignocelulósicos (à base de celulose, como resíduos de cana ou madeira), procurando reduzir o custo desse processo.

Paralelamente, a Unidade Cerrados, da Embrapa, coordenará a partir desse ano pesquisas para avaliar fontes de biomassa que podem ser usadas para produzir o chamado etanol de segunda geração. Para isso, o projeto vai avaliar o uso de gramíneas forrageiras (usadas na alimentação animal), sorgo e algumas espécies de árvores (pinus, eucalipto e duas espécies da Amazônia: tachi-branco e paricá), como fontes alternativas.

“O projeto inicia em fevereiro e não vai começar do zero, já tem bastante informação dessas espécies que escolhemos para avaliar”, informa Marcelo Ayres, pesquisador Embrapa Cerrados. Segundo ele, o projeto terá duração de 48 meses e em 3 anos será possível apontar a viabilidade e a escala de etanol que poderá ser produzida a partir dessas fontes. Ayres destaca que o estudo faz parte de um grande esforço da comunidade científica para buscar fontes de energia renováveis.

“A maioria das pesquisas tem foco único no combustível, mas tem mercado para outras aplicações. Será a alcoolquímica substituindo a indústria petroquímica”, avalia o pesquisador.

A região da Amazônia também será alvo de pesquisas do! setor. O Programa de Apoio Pesquisa em Biocombustíveis (Biocom) passará a financiar estudos na área de produção e uso de fontes de energia com matéria-prima de origem orgânica, tanto vegetal e animal quanto de microrganismos.

“O objetivo do Biocom é apoiar atividades de pesquisa com aporte de recursos financeiros a projetos que visem à promoção do desenvolvimento científico, tecnológico e da inovação na área de biocombustíveis”, destacou Odenildo Sena, diretor presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), entidade responsável pelo edital.

As pesquisas sobre biocombustíveis no Brasil avançam e o País aposta em novas possibilidades para produção do etanol. Hoje, a Embrapa faz parceria para a sustentação energética.