O plantio da cana-de-açúcar não deve ser o vetor de substituição do bioma natural brasileiro, especialmente o Pantanal Mato-Grossense, a Amazônia e o Cerrado, que não podem ser desmatados. Este é um dos pontos que o ex-secretário de meio ambiente do Estado de São Paulo e ex-deputado federal, Fábio Feldmann, hoje consultor ambiental, pretende defender durante o painel “Protegendo Ecossistemas na Produção dos Biocombustíveis”, na terça-feira, dia 2 de junho, segundo dia do Ethanol Summit 2009, que será realizado em São Paulo.
Para Feldmann, caso ecossistemas sensíveis não sejam protegidos, as conseqüências poderão ser dramáticas: “O pior cenário seria a pressão internacional para que não se consuma o etanol brasileiro”. Neste caso, ele contempla inclusive a possibilidade de um boicote, o que seria prejudicial para toda a cadeia que envolve o produto no País.
Feldmann pretende demonstrar durante o painel a importância de se incorporar a dimensão ambiental à produção do etanol, desde o cumprimento da legislação até a certificação. O cumprimento dessas etapas viabilizará o acesso ao mercado internacional e tornará a produção um vetor de conservação do meio ambiente e de combate ao aquecimento global, acredita o especialista.
O painel terá ainda a participação do presidente do conselho mundial do Forest Stewardship Council (FSC) e presidente do conselho consultivo do Instituto para o Agronegócio Responsável (Ares), Roberto Waack. No artigo “Uma luz sobre a floresta”, publicado no site da UNICA, ele explica o que é o bioma amazônico uma área de 419 milhões de hectares, que contempla o conjunto de ecossistemas da bacia do rio Amazonas e se estende do Brasil para áreas de outros países latino-americanos. O texto também detalha diferentes formas como o bioma amazônico é afetado pela atividade humana.
As informações partem da assessoria de imprensa da Unica, organizadora do evento.