
Antes hipotética, a fabricação de etanol celulósico, o etanol 2G, está saindo da fase experimental e caminhando para a produção em escala comercial. Nos últimos dias, a Novozymes e Raízen anunciaram parceria para o fornecimento da tecnologia de enzimas utilizadas na conversão de materiais celulósicos em açúcares, uma das principais etapas do processo.
Uma unidade de produção de etanol 2G acoplada à usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP), será uma das primeiras a produzir o biocombustível em larga escala no Brasil. Ela deve começar a operar no final de 2014 com capacidade para produzir 40 milhões de litros de etanol de segunda geração por ano a partir do bagaço e da palha da cana. “Essa primeira planta desenvolvida por um dos maiores produtores de etanol de cana do mundo marca um passo importante na comercialização de etanol celulósico no Brasil,” diz o vice-presidente executivo de Desenvolvimento de Negócios da Novozymes, Thomas Videbæk.
A Novozymes visa apoiar os esforços da Raízen na produção do celulósico, com o desenvolvimento da tecnologia enzimática para a produção do etanol 2G. Além disso, a empresa dinamarquesa tem interesse em estabelecer uma nova capacidade para a produção dessa enzima no País. Contudo, ainda não há tamanho, localização e investimento definidos, o que vai depender do nível da demanda.