Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombutíveis (ANP), colhidos no período de 25 de abril a 1º de maio, mostram que o preço mínimo da gasolina chega a R$ R$ 2,62 e o do álcool a R$ 1,76 no Rio Grande do Norte. É um sinal para os motoristas de que o álcool está voltando a ser bom negócio para o bolso. Mas, para saber se vale a pena optar pelo combustível, é preciso fazer conta.
Preço do álcool não deve superar 70% do valor da gasolina
Na ponta do lápis, para saber que combustível é mais vantajoso o consumidor deve dividir o preço do álcool pelo da gasolina. Se o resultado for igual ou inferior a 0,70 é melhor optar pelo álcool. É o que está acontecendo, em alguns postos, no Rio Grande do Norte.
Considerando os preços mínimos apurados pela ANP, o resultado da divisão dos valores é 0,67. Se o posto estiver cobrando outros preços, porém, o ideal é fazer a outra opção. A Agência mostra que, com os preços médio da gasolina, a R$ 2,674, e do álcool a R$ 1,963, a gasolina acaba sendo a melhor opção, já que o resultado da divisão é 0,73%. O mesmo ocorre se forem considerados os preços máximos de R$ 2,77 para a gasolina e de R$ 2,090 para o álcool. Nesse caso, a divisão resulta em 0,754.
O preço mínimo do álcool aumentou 23,94% no estado, no período de 4 de abril até o dia 1º de maio. Procurado pela reportagem, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos RN) disse, por meio da assessoria de imprensa, que, por não gerenciar os preços, não pode se aprofundar em explicações sobre o que vem motivando as variações. “Mas o Sindicato tem recebido informações dos revendedores de que houve repasse de reajuste por parte das distribuidoras”, disse.
Além do frete pago para transportar os combustíveis, a energia consumida, o custo da mão-de-obra e tributos como PIS, Cofins, CIDE e ICMS influenciam os preços cobrados nas bombas, de acordo com explicações do presidente do Sindipostos, José Vasconcelos da Rocha Junior, em entrevista anterior.
Mistura
O percentual obrigatório de etanol anidro na composição da gasolina, que havia sido reduzido de 25% para 20% em fevereiro, voltou ao antigo patamar, desde o último domingo, dia 2 de maio. Não é possível prever, porém, se a mudança terá impacto sobre os preços cobrados nos postos, disse o Sindipostos.
A redução do percentual de álcool adicionado à gasolina foi uma medida adotada pelo governo federal, válida desde 1º de fevereiro, para garantir o abastecimento do etanol – num momento em que a oferta estava em baixa no mercado – e para conter o preço do produto vendido aos consumidores.