A Cargill Inc., a quarta maior produtora de etanol dos Estados Unidos, está importando etanol do Brasil a preços mais baixos dos que os praticados no mercado americano para capitalizar a disparada da demanda por parte das refinarias de petróleo dos EUA.
No quarto trimestre de 2005, a Cargill inaugurou uma unidade de processamento em El Salvador para desidratar o etanol brasileiro antes de embarcá-lo para os EUA. O processamento do aditivo em El Salvador permite que a Cargill evite pagar uma tarifa de importação no valor de US$ 0,54 por galão (de 3,785 litros) que incide sobre o combustível proveniente de países de fora da região do Caribe e da América Central, segundo Bill Brady, porta-voz da empresa, sediada em Wayzata, no Estado americano de Minnesota.
Os EUA subsidiam indiretamente o etanol produzido localmente ao fornecer aos produtores do combustível um incentivo fiscal de US$ 0,51 para cada galão do aditivo que é misturado à gasolina.
Os preços do etanol americano mais do que dobraram em 12 meses devido à alta dos preços do petróleo – que estimulou a utilização de etanol – e à substituição, por parte das refinarias, de um aditivo concorrente.