O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) realizou o ‘Estudo Sobre Adaptação e Vulnerabilidade à Mudança Climática: o caso do setor elétrico brasileiro’. O trabalho foi desenvolvido de maio de 2011 a abril de 2013, com o apoio da Way Carbon.
Os resultados apontaram a necessidade da diversificação da matriz elétrica brasileira, com a complementariedade da geração de energia hídrica e, consequentemente, aumento da segurança energética.
É o que explica Raquel Souza, assessora técnica e coordenadora da Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima do CEBDS. “A diversificação da matriz elétrica deve considerar não apenas os custos econômicos e as avaliações de impactos socioambientais, mas também, as emissões de gases de efeito estufa. Nesse sentido, ganham espaço a energia proveniente de fontes renováveis como a biomassa, eólica e a fotovoltaica”.
O trabalho teve como objetivo mostrar à sensibilidade da energia hidroelétrica à variação climática e a sua elevada participação na matriz elétrica nacional. Apresentar novas fontes de energia também faz parte do projeto, que coloca a biomassa como alternativa.
“Podemos contar com a contribuição do setor sucroenergético, sim. Primeiro por ser uma fonte renovável e, segundo, por ser complementar a matriz elétrica brasileira, estimulando um processo de descentralização das áreas de produção de energia. O uso da biomassa para a produção de energia elétrica contribui para a diversificação da matriz elétrica nacional, com o aumento da participação da energia renovável e da segurança energética”.
Contudo, a especialista ressalta. “É necessário também desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre os possíveis impactos das mudanças climáticas na produção de biomassa, bem como, em outras fontes renováveis de energia”, lembra.