A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou o estudo “Cenários de Oferta de Etanol e Demanda do Ciclo Otto: 2025-2034”, que analisa os desafios e as oportunidades para o abastecimento nacional de veículos leves do ciclo Otto até 2034.
Entre os principais destaques, o estudo projeta uma oferta de etanol que pode variar entre 42,9 bilhões e 54,1 bilhões de litros, com o etanol de milho representando de 29% a 32% desta oferta no final do período.
Além disso, são abordados os potenciais da biomassa de cana-de-açúcar, incluindo projeções de bioeletricidade, com até 4,1 GWm em cenários de crescimento, e a produção de biometano a partir de resíduos da cana.
Emissões evitadas
O estudo também calcula as emissões evitadas de gases de efeito estufa (GEE), que podem variar entre 68,2 MtCO2 e 74,1 MtCO2 em 2034, como resultado do uso de biocombustíveis.
O estudo ainda analisa questões sensíveis, como o aumento do teor de etanol anidro na gasolina, a destinação de etanol para a produção de Sustainable Aviation Fuel (SAF) e o impacto do aumento da produção de açúcar na demanda de etanol combustível.
Políticas públicas
O impacto das políticas públicas e incentivos ao setor sucroenergético, como a redução de custos e a melhoria da competitividade, também são considerados na pesquisa.
Com essas análises, o estudo visa fornecer subsídios para o planejamento energético do Brasil e apoiar o cumprimento dos compromissos climáticos do país, como o Acordo de Paris.
O estudo reforça a importância estratégica do etanol e dos biocombustíveis na transição energética e na sustentabilidade da matriz energética nacional. O trabalho também é relevante para as políticas públicas relacionadas ao RenovaBio e ao Combustível do Futuro.