Pesquisa

Estudo pioneiro utiliza cinza de bagaço de cana para melhorar asfaltos é divulgado por revista internacional

Uso da matéria-prima foi tema de tese de mestrado pela Universidade Estadual de Maringá, no Paraná

Estudo pioneiro utiliza cinza de bagaço de cana para melhorar asfaltos é divulgado por revista internacional

Uma pesquisa pioneira utilizou cinzas do bagaço de cana para substituição parcial do pó-de-pedra que é misturado para produzir material asfáltico.

De autoria do engenheiro civil Vinícius Hipólito, a pesquisa de mestrado pela Universidade Estadual de Maringá, no Paraná, foi reconhecida internacionalmente e publicada na Scientific Reports, revista que possui avaliação A1 no sistema Qualis, a melhor para periódicos científicos.

Hipolito, que também é engenheiro da Conasa Infraestrutura, empresa de Londrina -PR que administra mais de 1.500 quilômetros de rodovias estratégicas para o escoamento logístico da safra de grãos do Mato Grosso para o mercado externo, explica que a ideia surgiu no intuito de melhorar a resistência mecânica do asfalto desses corredores.

“Enxerguei a oportunidade de utilizá-lo com o intuito de melhorar a resistência do asfalto, que é um material do dia a dia na nossa área de infraestrutura e que precisamos aprimorar cada vez mais para que possamos otimizar nossos investimentos”, explica.

Nomeado “Avaliação funcional e estrutural de um trecho experimental de asfalto modificado com cinza de bagaço de cana-de-açúcar”, o estudo avaliou o desempenho do resíduo em um trecho rodovia BR-158, entre Campo Mourão – PR e Maringá -PR. “O experimento demonstrou resultados positivos em termos de desempenho mecânico, além de contribuir com a redução do uso de agregado mineral e do custo da mistura asfáltica” completa.

A Conasa Infraestrutura e outras empresas da área de pavimentação apoiaram o pesquisador. Para Hipólito, a importância de publicar esse trabalho em uma revista internacional é a de que o resíduo também é produzido em outros lugares do mundo e, assim, os resultados do trabalho podem ser consultados por outros pesquisadores, contribuindo para a evolução das tecnologias na área de pavimentação.