Prospecção da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica) aponta que, até 2015, os grupos multinacionais serão responsáveis por 40% da produção brasileira de etanol. Atualmente, já respondem por 22%. Em 2007, eram apenas 7%.
No Paraná, as empresas nacionais ainda são a grande maioria do mercado. “A tendência, entretanto, é que as multinacionais passem a investir no Estado, porque a crescente demanda por bionergia é mundial. O ritmo vai depender das necessidades das empresas locais”, afirmou Adriano da Silva Dias, superintendente da Associação Paranaense de Produtores de Bionergia (Alcopar).
Apesar dessa conjuntura, ele não acredita que o parecer da Advocacia Geral da União (AGU) limitando o acesso de estrangeiros a terras brasileiras possa prejudicar o setor. “A legislação que regula o assunto t em que ser respeitada, porque trata da soberania nacional”, enfatizou.
Entre as empresas sucroalcooleiras, os investimentos estrangeiros referem-se principalmente ao setor industrial. “Os produtores de cana são brasileiros. As parcerias são viáveis mesmo sem a possibilidade de comprar terras.”