
Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag, esteve presente na noite desta segunda-feira, 21 de outubro, no Prêmio MasterCana Brasil, em São Paulo. Na ocasião, o representante fez uma análise da safra 2013/14, que ao menos no Centro-Sul, segue para o seu final.
Sobre a questão de produtividade, Caio, como também é conhecido, diz que as chuvas fora de época, como no outono e no inverno, aumentaram a quantidade de cana disponível para corte, mas derrubou a qualidade da matéria-prima. “A safra 2013/14 tem sido muito complexa. Do ponto de vista climático foi positivo. Corríamos o risco de ter uma quebra importante caso elas as chuvas não viessem. O problema é que a qualidade da cana não está boa e isso ainda faz com que os custos se mantenham elevados”, observou.
Já sobre os mercados dos principais produtos do setor, ele avalia. “Como há excedentes de açúcar o tempo todo, o preço se manteve baixo ao longo do ano, praticamente no nível dos custos. O álcool todos sabemos que vem sofrendo com os preços da gasolina, que não são corrigidos como deveriam. Tudo isso levou ao aumento do endividamento por parte das usinas”.
Por fim, Caio voltou a reiterar o descaso por parte do governo, que, segundo ele, não se importa com o setor sucroenergético. “Não temos nada a comemorar neste quesito. Quando um setor é considerado prioritário pelo governo, de alguma forma ele é atendido. Este setor, para este governo, não é e nunca foi prioritário. Minha maior preocupação agora é este período de transição entre uma safra e outra, já que vai ser difícil suportar mais um ciclo sem margens”, finalizou.