A Petrobras prevê exportar este ano 250 milhões de litros de álcool combustível, mais de seis vezes o volume registrado em 2005, quando a estatal embarcou 40 milhões de litros. Embora seja uma quantia pouco expressiva em comparação ao embarque total do País no ano passado, de 2,5 bilhões de litros, as vendas da Petrobras marcam a entrada definitiva da estatal nesse ramo de negócio. “Vamos atuar como uma trading”, e utilizaremos a nossa expertise em logísticas e dutos para fecharmos bons negócios no exterior”, disse Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da Petrobras.
De acordo com o diretor da companhia, a estatal pretende chegar em 2011 com embarques anuais de cerca de 3,5 bilhões de litros. No entanto, a Petrobras descarta a possibilidade de entrar na atividade de produção de álcool. A intenção, segundo Costa, é comprar o álcool dos usineiros e fechar negócios de longo prazo com os importadores.
O primeiro projeto da Petrobras de entrega de etanol “a longo prazo” pode ser assinado com a estatal venezuelana PDVSA, segundo o diretor da Petrobras. “Espero que no máximo daqui a 60 dias a gente tenha condição de fechar este contrato”, afirmou Costa, em entrevista em São Paulo. No entanto, o diretor da Petrobras não quis detalhar o projeto.
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Além do projeto com a Venezuela, a Petrobras avançou nos entendimentos com o mercado do Japão. Segundo Costa, o mercado japonês poderá precisar importar cerca de 6,5 bilhões de litros caso o país asiático resolva misturar 10% de álcool na gasolina.
As exportações de 250 milhões de litros do combustível previstas para este ano serão destinadas para a Venezuela e a Nigéria. No ano passado, a Petrobras vendeu apenas ao mercado venezuelano.
