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Estados Unidos devem repetir importação de etanol brasileiro em 2019

Foto: JornalCana/Arquivo
Foto: JornalCana/Arquivo

Os Estados Unidos deverão repetir em 2019 o volume de importação de etanol brasileiro de 2017. No ano passado, as usinas enviaram para os EUA 100 milhões de galões, equivalentes a 378,5 mil metros cúbicos.

A informação, que já havia sido noticiada pelo Valor Econômico, foi confirmada em 09/07 pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), conforme a Agência Estado.

O volume de importação de etanol brasileiro em 2019 integra o chamado Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS), no qual a EPA propõe os volumes mínimos de combustíveis renováveis que refinarias do país devem misturar a combustíveis fósseis em 2019.

Segundo a EPA, para 2019 é previsto um aumento de 3% no volume total de mistura em relação à exigência para 2018.

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A proposta da agência é de 19,88 bilhões de galões (75,2 bilhões de litros) de etanol de milho e outros biocombustíveis, o que representa um aumento de 590 milhões de galões (2,2 bilhões de litros) em relação à exigência para este ano, de 19,29 bilhões de galões (73 bilhões de litros).

O volume de combustíveis renováveis convencionais como etanol de milho foi mantido em 15 bilhões de galões (56,8 bilhões de litros).

Meta para o etanol de cana é a mesma

Apesar do aumento da meta para biocombustíveis avançados, a estimativa da EPA para o etanol de cana-de-açúcar importado do Brasil continua em 100 milhões de galões (378,5 milhões de litros), conforme noticiado pelo Valor Econômico. O número mantém a previsão do ano passado.

A EPA atesta que o aumento do mandato para os biocombustíveis “avançados” pode criar um estímulo à importação do etanol de cana, mas argumenta que a limitação do percentual de mistura do etanol à gasolina em 10% (E10) e a falta de competitividade do etanol de cana ante o de milho criam “desincentivos” para essa importação.

Além disso, de acordo com o relatório da agência citado pelo Valor, as importações estão se mantendo abaixo de 100 milhões de galões desde 2014. Em 2017, o volume foi de 77 milhões de galões (291,5 milhões de litros). Em 2013, porém, os EUA importaram mais de 1 bilhão de litros de etanol de cana.

A agência ainda explica que a estimativa não corresponde a uma meta. O volume de etanol de cana importado pelos Estados Unidos varia de acordo com a safra brasileira, os preços internacionais, a mistura de etanol à gasolina no país, a competitividade ante o etanol de milho e as tendências do mercado de açúcar.