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Especialistas defendem biocombustível para aviação


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O professor Luiz Horta Nogueira, da Universidade Federal de Itajubá, definiu o objetivo de empresas e entidades de pesquisa engajados no desenvolvimento de biocombustíveis de aviação, durante a cerimônia de abertura da Conferência sobre Biocombustíveis Sustentáveis para Aviação no Brasil, realizada ontem(11/9). Horta apresentou as perspectivas para o setor, na sede da Embrapa Agroenergia.O evento, que segue até sexta-feira (14/09), em Brasília/DF, é promovido pela Boeing, a Embraer, a Embrapa e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Na abertura, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, avaliou que o País tem muito a contribuir na “longa jornada” de substituição do combustível convencional de aviação por soluções sustentáveis. O ministro disse ter “grandes expectativas” em relação às contribuições do trabalho conjunto das três setores envolvidos na conferência: a pesquisa agropecuária, a indústria aeronáutica e a ciência e tecnologia. “Uma vez que surjam propostas destes setores, o Ministério estará aqui ao lado de vocês”, garantiu Raupp.

Em seu discurso, ele enfatizou a capacidade de empresas brasileiras promoverem o desenvolvimento da área, especialmente a Embraer, que qualificou como “grade player do setor de aviação”, e a Embrapa. “O país alcançou níveis inimagináveis no mercado do agronegócio e a Embrapa teve papel decisivo”, lembrou.

O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, acredita na capacidade da Empresa de articular parceiras para superar os desafios tecnológicos relacionados aos biocombustíveis de aviação. “Existem muitas rotas tecnológicas, mas também muitos gargalos que precisam ser solucionados. Queremos sair daqui com um mapa estratégico de como juntar competências para essas questões no curto e no médio prazos. A Embrapa vai apoiar fortemente para que isso se concretize”, afirmou Arraes.

O tema biocombustíveis para aviação deve ser inserido no segundo Plano Diretor da Embrapa Agroenergia, disse o chefe-geral da Unidade, Manoel Teixeira Souza Júnior. “Estamos nos integrando a outros centros de pesquisa nacionais e internacionais para o desenvolvimento de tecnologias de produção, além de definição e desenvolvimento de padrões de qualidade”, enfatizou.