A safra do Centro-Sul deverá ser maior por uma combinação de fatores positivos que se vislumbra neste momento como o bom grau da tão necessitada renovação dos canaviais envelhecidos, que deve melhorar a produtividade da cana e da expansão na área de plantio – não tanta como se gostaria e que o planejamento futuro requer – mas houve. A conclusão é de Paulo Costa, diretor da AgropCom, em entrevista exclusiva ao JornalCana.
Para ele, o mercado vai se consolidando em mãos de empresas de porte e administração profissionalizada – esta consolidação ainda não mostrou seus efeitos práticos, pois em seu primeiro momento já teve que encarar duas safras desastrosas. “Mas os resultados concretos vão aparecer. Finalmente, uma questão fundamental: as primeiras indicações dos climatologistas é de que teremos um ciclo mais amistoso e normal para o desenvolvimento da nova safra. Já estava em tempo de voltarmos a esta situação e é inegável que o momento, em relação aos números da nova safra é de otimismo, relembrando que a indústria operou nestes dois últimos anos com grande capacidade ociosa (algumas nem sequer operaram, preferindo vender sua cana), o que aumentou enormemente o custo de produção. Parece haver luz no final do túnel, para um mercado bastante sofrido neste momento”, finaliza.