Se o Brasil assumisse um factível cenário que combinasse a mistura de anidro na gasolina em 18%, o crescimento da venda de veículos leves em 2% ao ano e a escolha por etanol por parte dos proprietários de carros flex e, conservadoramente, 55%, o Brasil chegaria à safra 2019/2020 com uma necessidade de moagem beirando 900 milhões de toneladas. A conclusão é de Arnaldo Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting.
Segundo ele, para alcançar esse patamar, o setor precisaria alocar investimentos de US$ 45 bilhões na construção de pelo menos 40 usinas em oito anos.
Mas os dados comprovam a crescente demanda por combustível. Nos últimos três anos, a média anual de crescimento do consumo de combustíveis no Brasil foi de 7,39%. Nos últimos doze meses, cresceu 3,83% – quase 1,7 bilhão de litros no total, divididos num aumento de 3,6 bilhões de litros de gasolina A (pura, sem anidro) e diminuição do etanol em 1,9 bilhão de litros. “Devemos encerrar 2011 com um consumo total de combustível de 46,2 bilhões de litros, acréscimo de apenas 2,86% em relação à 2010”, lembra.