Mercado

Especialista espera melhor interlocução com produtores

À frente da Petrobras Biocombustíveis, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto representa, na avaliação de especialistas do setor, a derradeira aposta do governo no programa de agricultura familiar para produção de biodiesel. Uma das principais apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no setor, o programa tem patinado em problemas como baixa produtividade dos arranjos familiares, preços baixos de remuneração dos produtores, dificuldades de caráter tecnológico e qualidade aquém dos padrões especificados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Com Rossetto à frente da empresa – da qual era diretor de Desenvolvimento Agrícola, Suprimento e Comercialização –, a expectativa é de que alguns dos obstáculos ao programa sejam erguidos. Um dos especialistas ouvidos, que pediu para não ser identificado, argumenta que, se não resolver os problemas em definitivo, Rossetto pelo menos deve melhorar a interlo! cução com a ponta produtora da cadeia do biodiesel.

Ontem, o Jornal do Brasil chegou a publicar equivocadamente, na Coluna de Hildegard de Angel, que Rossetto teria sido nomeado para a presidência da Petrobras, no lugar de José Sergio Gabrielli.

Outras mudanças

As mudanças na estrutura de comando da Petrobras Biocombustíveis não envolvem apenas a substituição do engenheiro Alan Kardec por Rossetto. Também incluem a substituição do diretor de Participações, Fernando José Cunha, por Ricardo Castello Branco, atualmente à frente da Diretoria Industrial. Para seu lugar, foi nomeado Alberto Oliveira Fontes Junior, gerente de Engenharia. Já a diretoria ocupada por Rossetto passará para Jânio Luís da Rosa, que exercia o cargo de gerente de Produção Agrícola. (R.R.M.)