Apesar de estudos apontarem que é possível até dobrar a produção de álcool em uma mesma área com o uso do bagaço e da palha da cana, especialistas dizem que o etanol de segunda geração não vai acabar com o deficit atual na oferta no Brasil.
O problema deve continuar sendo a falta de competitividade do biocombustível em relação à gasolina, que tem os preços administrados no país pela Petrobras.
“Não é a primeira geração que vai resolver o problema. Não há dúvidas de que o etanol de segunda geração vai ser mais caro. E se o etanol, hoje, já está perdendo mercado para a gasolina por causa do preço, o que dirá do etanol de segunda geração”, afirma Roberto Schaeffer, diretor de planejamento estratégico da Coppe/UFRJ.
Para Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da Unica, o etanol de segunda geração pode ampliar a oferta do produto, mas apenas no futuro.
“As novas tecnologias poderiam ajudar muito, mas não resolvem o problema atual. Não há unidades prontas comercialmente”, diz. A expectativa é que as primeiras fábricas comecem a operar entre dois e quatro anos.
(TF)