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Escoamento da produção é mais um dos gargalos do setor

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De que maneira aproveitar os 8.514.876 km² de extensão oferecidos pelo Brasil? É evidente que, ao contrário do resto do mundo, o país não sofre com a falta de terra. Então, o que falta para o campo produzir mais?

Um dos pontos é a logística, que há muito estagnou e hoje se mantém de forma precária pelo Brasil. “Em São Paulo, por exemplo, temos uma malha ferroviária enorme, capaz de escoar boa parte da produção do estado. Mas nos últimos anos foi deixada de lado, e hoje, apresenta-se sucateada, sem condições de atender a demanda”, afirma Daniel Rossi, gerente de Transporte Ferroviário da Rumo Logística.

Segundo ele, os investimentos feitos até agora, tanto pelo Governo Estadual, como pelo Federal, não foram suficientes para oferecer um transporte de qualidade via férrea, fator que diminuiria o tráfego intenso de caminhões nas rodovias do país. “Precisamos investir de forma efetiva e certeira. Só assim, as coisas poderão voltar a fluir no setor”, conclui.

A Rumo Logística, empresa subsidiária do Grupo Cosan, segue com seus projetos de investimento em logística ferroviária para o escoamento de açúcar e grãos do interior do estado até o Porto de Santos. No mês de setembro a empresa deve inaugurar a maior das obras, a do terminal de Itirapina (SP),que recebeu investimentos na casa dos R$ 200 milhões.

Helder Gosling, diretor comercial e de logística do Grupo São Martinho, enxerga com bons olhos a iniciativa do Governo Federal, que nas últimas semanas, anunciou o Programa de Investimentos em Logística, no qual o governo irá investir R$ 133 bilhões por meio de concessões e parcerias público-privadas para a construção de rodovias e ferrovias. “Apesar do apoio ainda ser feito de maneira tímida, é valido, representa uma preocupação do governo com a área. Espero que possamos vencer essa barreira”.