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Equipav próxima de definir um comprador

O grupo Equipav está próximo de definir um futuro comprador para os seus ativos de açúcar e álcool. A companhia deverá receber até o dia 14 de outubro as propostas das empresas interessadas em fechar negócio, segundo apurou o Valor. A empresa está sendo assessorada pelo banco Santander nesta operação.

“As negociações estão numa fase mais avançada, com os grupos fechando as possíveis propostas”, afirmou uma fonte familiarizada com o processo de venda. Bunge, Cosan, ETH, a indiana Renuka Sugar, São Martinho junto com o GP Investments, passaram para esta segunda fase das negociações, de acordo com fontes do setor. A Açúcar Guarani, controlada pelo grupo Tereos, desistiu do processo.

Abatida pela crise que atingiu boa parte das usinas do setor sucroalcooleiro, a Equipav, cujos acionistas controladores atuam no segmento de infraestrutura e concessões de rodovias, adiou há alguns meses dois grandes projetos “greenfield” (construção a partir do zero) em Mato Grosso do Sul e Goiás, de cerca de R$ 1 bilhão no total. A empresa não descarta a venda do controle da empresa ou uma parte relevante dela.

Com uma usina recém-construída, a Biopav, de Brejo Alegre (SP), e outra no mesmo Estado, os ativos do grupo são considerados atraentes para as companhias que querem ampliar sua atuação na região do oeste e noroeste paulista, segundo uma fonte do setor.

A Bunge, apontada como uma das possíveis interessadas na Equipav, está mais próxima de fechar a compra da Moema. A empresa está aguardando um acordo entre os acionistas da Moema para fechar o negócio, segundo uma fonte próxima à empresa. O acordo de exclusividade da Bunge com a Moema expira no fim de outubro. Adalgiso Telles, diretor de comunicação da Bunge, nega. A empresa tem interesse de expandir no setor e olha oportunidades que são apresentadas, sem necessariamente fechar negócio, segundo Telles. (MS)