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Engenheiro propõe usina de biodiesel em Copacabana

Os 70 hotéis e 120 bares e restaurantes de Copacabana, na zona sul do Rio, descartam 130 mil litros de óleo de cozinha por ano, em geral na rede de esgoto. Preocupado com o problema ambiental causado pelo descarte inadequado, o professor Rogério Valle descobriu que é possível construir uma usina de biodiesel para aproveitar esse óleo, pagando depois os custos de instalação e manutenção com a venda do produto. O plano engloba uma cooperativa de coleta seletiva, que venderia o óleo para a usina.

“A idéia é muito simples e tem impacto ambiental grande. Pode ser aplicada em outros bairros. É realmente sustentável, tanto na parte ambiental e social como economicamente”, diz Valle, professor da pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O projeto recebeu chancela da ONU com a premiação Life Cycle Initiative Award em 2009. Agora será apresentado à prefeitura.

Segundo Valle, a receita obtida com a venda de biodiesel e de glicerina pode chegar a R$ 400 mil por ano. O valor bancaria o investimento inicial na compra de equipamentos (R$ 240 mil), a manutenção da usina e gastos com impostos, seguros, capital de giro, entre outros. Quando apresentar o projeto à prefeitura, Valle sugerirá que o biodiesel produzido na usina seja usado nos caminhões da Companhia Municipal de Limpeza Urbana.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio, Pedro de Lamare, disse que vai tentar conseguir junto à prefeitura um terreno para a usina.