O engenheiro ambiental José Luiz Lopes, que coordena o departamento de Saúde e Higiene Ocupacional e Ergonomia (S.H.E.) da Cosan, alerta para os riscos à saúde de trabalhadores, na preparação e aplicação da pavimentação asfáltica. Diversos agentes químicos deletérios à saúde humana foram identificados nas emissões do asfalto, sendo muitos deles comprovadamente cancerígenos.
A exposição às emissões de asfalto em pavimentação de ruas e estradas se dá tanto por gases e vapores, quanto por material particulado. Quando os vapores esfriam, eles se condensam na forma de fumos de asfalto. Assim, os trabalhadores que usam asfalto aquecido estão expostos a fumos e a vapores de asfalto.
Durante a utilização do asfalto líquido em temperatura ambiente, não há exposição a fumos, apenas ao líquido e aos vapores. Os vapores contêm particulados e, quando condensados, ficam viscosos. Dentre as emissões gasosas destacam-se o metano, o dióxido de enxofre, o monóxido de carbono e o dióxido de nitrogênio.